sábado, 19 de junho de 2010

Wine O'Clock Lisboa: Prova com Cristiano Van Zeller

No passado dia 18, pela 19 horas na Wine O'Clock de Lisboa, foi dia de prova de vinhos com Cristiano Van Zeller. Cristiano Van Zeller tem já a sua marca na produção de vinhos do Douro, caracterizado pelo cunho pessoal e inovação que imprime aos seus vinhos que nada mais reflectem que a sua personalidade e prazer na produção destes verdadeiros néctares.
A prova começou por uma pequena introdução do próprio Van Zeller aos vinhos que iriamos provar e, por incrivel que pareça, até as terrivéis vuvuzelas foram chamadas à conversa antes da prova realmente começar.
Os vinhos a prova e preços na Loja Wineclock : Van Zellers Branco 2009 (8,75€), VZ Van Zellers Branco 2008 (24,35€), Rufo Tinto 2008 (8,75€), Van Zellers Tinto Reserva 2008, Quinta Vale D. Maria Tinto 2007 (24,50€), Van Zellers Rosé 2009 (8,75€), Vale D. Maria Reserve Porto (18,45€) e o VZ Porto Tawny 10 anos (18,95€). O Rufo 2008 ainda não se encontra à venda devido à aprovação do rótulo, mas não deve demorar muito a aparecer nas prateleiras da loja.
Quanto aos vinhos deixo de forma sucinta a minha singela opinião. Começámos pelo Van Zellers Branco 2009, de cor amarela bem clara e límpida, aroma citrino reconhecendo-lhe algumas notas de fruta mais doce. Na boca assume uma presença suave, de acidez reduzida e fresco. Um final de boca citrino. De seguida subimos na gama e surgiu nos nossos copos o VZ Branco 2008. Adorei o aroma. É bastante intenso, com muita fruta, abacaxi e alperce. Na boca demonstra ser mais complexo que o anterior, com equilíbrio e qualidade suficiente para fazer dele uma óptima escolha para uma refeição de Peixe grelhado. Passamos depois para os tintos com o Rufu 2008, um vinho com uma cor rubi bem definida, aroma com alguma intensidade a frutos vermelhos maduros. Na boca, apesar de uma nota inicial de adstringência, parece depois ganhar mais vida com o passar do tempo na boca e no copo. Taninos marcados e final de boca agradável. Continuámos com o Van Zellers Tinto 2008 Reserva que inicialmente, no nariz parecia quase não ter aroma. Achei estranho. Mas conforme foi abrindo começou a tornar-se mais presente e agradável a fruta vermelha bem madura. Na boca denota ser um vinho complexo, vivaz, de taninos bem presentes e com pujança para aguardar mais um tempo em garrafa. De seguida tivemos aquele que na minha opinião foi o melhor vinho da prova. O Vale D. Maria Tinto 2007. De cor purpura, no nariz apresenta um aroma intenso a fruta vermelha já bem madura, com notas de madeira e alguma baunilha. Na boca é uma maravilha. Taninos suaves, com corpolencia e equilíbrio, quase mastigável. É um vinho guloso e tem um final de boca muito prolongado. Depois provamos o Van Zellers Rosé 2009, um vinho jovem, de cor rosa/alaranjada clara e um aroma a fruta vermelha doce como a groselha. Na boca é fresco e de nível de acidez médio. Não há muitas notas de surpresa. É um vinho Rosé. Por fim passámos para os Portos. Primeiro o D. Maria Reserva, que segundo Van Zeller é um vintage, mas que assim não pode ser chamado. É bastante doce no inicio o que pode causar algum enfado, mas tem uma continuidade na boca muito boa. De seguida o VZ Porto Tawny 10 anos, menos doce que o anterior e mais equilibrado, sendo também uma boa escolha para quem gosta deste tipo de vinho.

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