sábado, 13 de outubro de 2012

Vinhos do Alentejo Em Lisboa 2012: Lavagem dos Cestos

Terminou à poucas horas a quarta edição do Vinhos do Alentejo em Lisboa. Desta vez num espaço pertencente à Fundação Champalimaud que acabou por ser a minha maior desilusão deste ano. Voltarei a este ponto mais lá para o fim do texto.
O Alentejo entrou por Lisboa adentro e foi muito bem recebido. Grande afluência nos dois dias, sendo que no primeiro, que costumava ser mais sossegado, se sentiu também um acréscimo de participantes algo invulgar mesmo logo desde o inicio.  Em relação ao ano anterior verificou-se uma subida no número de produtores presentes para 68 e cerca de 300 vinhos em prova. Sem dúvida uma mostra significativa do que de melhor se faz em termos de vinho e azeite por terras alentejanas.

Como sempre toda a disponibilidade dos produtores e dos seus colaboradores para nos receber como se no Alentejo estivéssemos, todas as dúvidas, todas as palavras, todos os sorrisos e atenção. Há simpatia que por vezes vale mais do que provar todos os vinhos e, assim sendo, do que provei e ainda não conhecia destaco Monte dos Cabaços Reserva 2005, Margarida Encruzado 2009 e 2010, o GA Alfrocheiro 2009, Quinta do Carmo Reserva 2009, o Herdade das Servas Vinhas Velhas, o Vidigueira Cinquentenário 2009, o Santa Vitória Baga 2010, o Cortes de Cima Reserva 2009, o QP. 2009 Colheita Seleccionada, o Icon D'Azamor 2004, o Herdade da Farizoa Grande Escolha 2008 entre muitos outros. Ficou muita coisa por provar e outras que mereciam mais atenção pelo que deixarem para outra oportunidade pois o final de ano costuma ser pródigo em oportunidades como esta.

Por último, a nota menos positiva do certame. Para mim o local e o espaço. Sinceramente não compreendo como se passou do ano passado para este. Estive até hoje presente em todas as edições deste evento e, quando se assistia a uma melhoria gradual em cada ano que passava, eis que este ano voltamos um passo atrás. Espaço confuso, claustrofóbico, reduzido, segmentado, tudo muito em cima de tudo, sem o espaço de relaxe que vinha sendo presença todos os anos, enfim, não foi propriamente a melhor escolha. Com o aumentar de visitantes havia claramente a sensação que faltava passar neste ou naquele produtor, mas parecia impossível perceber quais. Será algo a ter em atenção numa próxima edição.

1 comentário:

  1. António José Freiredomingo, 14 outubro, 2012

    Fui ontem. Horas na fila. Lá dentro quase que nem me mexia. Calor. completo caos. O que fiquei a conhecer devo-o aos produtores que foram impecáveis.
    PS: E estacionamento. Fosga-se!

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