sábado, 31 de maio de 2014

Rufia 2012 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Rufete e Jaen
Região: Dão
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: Quinta da Boavista - João Tavares de Pina
Preço: 8,00€ vap

Nota de Prova
Este é um Rufia brigão. Do caraças mesmo. Daqueles que foge às regras do docinho e maduro, rebelde idealizado e nascido e com espaço para mais tropelias. Aquela cor violácea escura e concentrada chama a atenção, mas é no plano aromático e na sua ligação à comida que o faz brilhar. No nariz parece que estamos a entrar num bosque, com a frescura harbórea e vegetal a surpreender. As notas de terra e cogumelos estão também presentes e o floral da Touriga aparece quase a medo. Na boca prova-se a rebeldia aromática, taninos marcantes, secura de boca, grande acidez, vegetal e direi... fresco. Fantástico na ligação à comida. Desde a carne a uma sobremesa bastante doce com tudo fez casamento feliz.

Classificação Pessoal: 90/100

sexta-feira, 30 de maio de 2014

MonteCapucho 2013 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Arinto e Sauvignon Blanc
Região: Lisboa
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: Quinta dos Capuchos
Preço: 3,00€ vap

Nota de Prova
Quando provei pela primeira este branco, assim meio de surpresa e sem saber que vinho estava sequer a beber, fiquei logo com a sensação de estar perante um perfil de branco que gostava. Seco, mineralidade vincada e no nariz um tropical cerrado e mais vegetal. Perguntei que vinho seria e, estando o produtor presente, foi ele que me deu a provar uma segunda vez e me explicou o vinho e a vinha. Aconselho sem dúvida. Cor amarelo citrino, aspecto jovem e limpo. Nos aromas marca posição o maracujá discreto e traço vegetal vincado, toque mineral e uma frescura limpa. Na boca acidez vivaz e equilibrada com a fruta, com alguma secura, sumarento e final fresco e muito elegante.

Classificação Pessoal: 85/100

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Quinta da Ponte Pedrinha 2012 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Encruzado e Malvasia Fina
Região: Dão
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Quinta da Ponte Pedrinha
Preço: 3,99€ vap

Nota de Prova
Mais um vinho deste produtor que se revela um tanque de combate na relação preço - qualidade, embora seja preciso escolher o sitio onde se compra pois a diferença de preço pode ser larga. Este foi no Intermarché de Gouveia, mas mesmo ao lado pode ser encontrado um pouco mais caro. A sua cor amarelo citrino muito pálido e com algumas nuances esverdeadas revelam a juventude deste branco. No nariz a maça verde, ameixas amarelas frescas destacam-se bem ladeadas por marcadores herbáceos e minerais bem ligados. Na boca está fresco, de perfil seco, com muita fruta citrina, com acidez marcante e um corpo que o faz amigo da comida. Final persistente, seco e fresco

Classificação Pessoal: 80/100

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Kopke 2013 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Arinto, Gouveio e Rabigato
Região: Douro
Teor Alcoólico: 13%
Produtor: Sogevinus - Fine Wines, SA
Preço: 3,99€ vap

Nota de Prova
Nova colheita da Kopke de um branco proveniente de vinhas localizadas a 550-600 metros de altitude na sub - região Cima Corgo. O resultado é um branco de cor amarelo citrino e de aspecto jovem, com aromas directos a fruta de caroço e citrinos bem expressos, com fundo de leve floral e um fresco mineral. Na boca revela grande frescura, com a fruta a aparecer num equilibrado casamento com a acidez , algum corpo que demonstra e com o traço mineral que lhe confere um final elegante e persistente.

Classificação Pessoal: 80/100

terça-feira, 27 de maio de 2014

Montes Claros Reserva 2010 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Aragonez, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Syrah
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: Adega Cooperativa de Borba, CRL
Preço: 5,99€ vap

Nota de Prova
Regresso ao Alentejo e à Adega Cooperativa de Borba. Num momento em que é lançado o Montes Claros Reserva 2012 fui à garrafeira buscar a colheita de 2010 para ver como se havia comportado ao longo do tempo. Continua em boa forma, de cor rubi, violáceos nítidos, aspecto limpo e intocável pelo tempo. Aromas cheios de fruta madura, café, ligeiro toffe, especiaria bem colocada e algum rebuçado de caramelo que não chateia. Boca larga, cheio de vida e taninos redondos, mais que pronto a beber. Bom equilíbrio entre a fruta madura e a acidez que o mantém fresco, num fundo especiado e ligeiro travo a cacau. Final de boca longo. Vai continuar.

Classificação Pessoal: 88/100

segunda-feira, 26 de maio de 2014

João Portugal Ramos Loureiro 2013 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco Verde
Castas: Loureiro
Região: Vinho Verde
Teor Alcoólico: 12%
Produtor: João Portugal Ramos Vinhos, SA
Preço: 3,79€ vap

Nota de Prova
João Portugal Ramos continua a surpreender na sua trajectória pelas regiões vitivinícolas portuguesas. Neste momento com vinhos no mercado das regiões Alentejo, Tejo, Beiras, Douro e Vinhos Verdes, e aproveitando a 25ª edição do Portugal Open, num dia de temperaturas elevadas e propicio à frescura do vinho verde, faz chegar ao mercado a sua mais recente criação o João Portugal Ramos Loureiro 2013.
Apetece beber logo pelo primeiro contacto visual. Cor de tonalidades citrinas, leve esverdeado, brilhante e limpo. No nariz aparece muito elegante, citrinos dominantes com ligeiro toque herbáceo e fundo mineral refrescante. Gosto como se apresenta na boca, sumarento e refrescante, com uma acidez equilibrada e pedindo uma esplanada e uma boa conversa. Sem dúvida que temos de contar com ele para os dias quentes que se aproximam. Quer seja a solo ou com um prato de marisco , saladas leves ou mesmo um peixe branco grelhado, satisfação e frescura garantida.

Classificação: 85/100

sábado, 24 de maio de 2014

Primeira Paixão 2013 Rosé

Características
Tipo: Vinho Rosé
Castas: Touriga Nacional Complexa, Merlot, Syrah e Tinta Roriz
Região: DOP Madeira
Teor Alcoólico: 12%
Produtor: Paixão do Vinho, Lda
Preço: 8,50€ vap

Nota de Prova
Um projecto que dá os primeiros passos, nascido por Paixão ao vinho e vindo de uma região da qual estamos mais habituados a beber os seus fortificados. Engraçamos com o nome e com o rótulo, que apesar de se estranhar ao inicio, marca-lhe uma certa identidade e sobressai em qualquer prateleira. Apresenta cor rosa intenso, vermelhão, aspecto limpo e cativante.No nariz Aromas intenso a fruta vermelha fresca, framboesa, alguma cereja madura, toque mineral e fresco. Na boca somos assaltados por uma acidez estaladiça, sumarenta, muita toranja, perfil leve e fresco. Sabe mesmo a verão. Parceiro ideal para um sushi ou um grelhado no carvão de peixe branco. Por enquanto apenas se encontra à venda na Madeira.

Classificação: 85/100

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Favas Contadas | Um Projecto de Sinergia Culinária

O projecto FAVAS CONTADAS pretende levar-nos a viver uma experiência gastronómica ímpar, levar-nos a viajar até aos mais longínquos lugares do mundo através das cores, aromas e sabores de pratos construídos por Chefs cozinheiros jovens, dispostos a causar impacto e a colocar os nossos sentidos em alerta.
Nos próximos dias 30 e 31 de Maio será o inicio do jantares com o tema nos pratos a ser o Japão com um toque de influência mediterrânica. As "Duas Noites no Japão”, nome destes encontros que inauguram o conceito, vão contar com a colaboração na cozinha do Chefe Tiago Penão, do Midori e do Chefe Diogo Lopes, do Penha Longa. O objectivo é que os três chefes se juntem e reúnam sinergias e técnicas pessoais de cada um. Dessa união sairá a ementa perfeita e original, que será também uma ligação de duas cozinhas, a Japonesa e a Portuguesa. 
 
 A este projecto juntam-se os vinhos da Quinta do Gradil com uma completa gama que será a companhia perfeita para o menu único deste evento pela mão do Escanção João Chambel. 
 
O local será o Restaurante Conceito Food Store em Bicesse, nascido da paixão de Daniel Estriga em partilhar experiências gastronómicas que façam os seus convidados viajar. Um pequeno mas acolhedor espaço que será pano de fundo para uma verdadeira viagem à volta do mundo.
Para desvendar um pouco o véu dos próximos jantares foi efectuado um almoço, versão beta, para uma espécie de teste final que, na minha opnião, foi passado com distinção. Ora vejam.
 
OSTRAS COM ESPUMA CITRONELA, PÉROLA DE PONZU com Quinta do Gradil Viognier 2013 Branco
Fresco, cheira e sabe a mar, a espuma de citronela faz lembrar a espuma do mar, com um travo ligeiramente spicy, que perdura e com um final que encanta.

MEXILHÃO EM TEMPURA DE CENOURA E GENGIBRE, ESCABECHE DE LEGUMES E GELATINA DE LIMA com Quinta do Gradil Viognier 2013 Branco
Mais uma vez a frescura, o sabor a mar, o leve citrino muito fino e leve são a marca indelével que fica. Excelente toda a sensação a mar e a ligação de um técnica japonesa a outra bem portuguesa.

Neste dois primeiros pratos o Quinta do Gradil Viognier 2013 Branco ligou na perfeição com as características de cada um. O seu perfil mais seco e com acidez vivaz permite a ligação aos citrinos existentes e à untuosidade presente em cada um.

NIGUIRI DE CARAPAU COM ESCALIVADA DE PIMENTOS com Quinta do Gradil Aguardente XO
A frescura do carapau numa ligação aos pimentos com alguma untuosidade e sabores fortes. Ligação equilibrada onde cada ingrediente aparece no palato. 

NIGUIRI DE UNAGUI, FOIE e CEREJA com Quinta do Gradil Aguardente XO
O ligeiro adocicado da cereja sob o foie e a enguia (unagui) funciona embora pudesse haver mais destaque desta. Mais uma vez a simplicidade aparente faz brilhar o prato.

A ligação com a Aguardente XO da Quinta do Gradil está divinal. Servida a uma temperatura baixa e a querer ir buscar a ligação com o Sake, esta formula de risco é sem dúvida para repetir.

USUZUKURI DE PREGADO EM CALDEIRADA com Quinta do Gradil Petit Verdot 2012 Tinto
As rochas do mar no pão crocante, a salicórnia a transmitir o salgado, um pregado fresco e uma espuma de caldeirada a dar complexidade de sabor ao prato. Grande construção.

BACALHAU CONFITADO, DENGAKU E LEGUMES NIMONO com Quinta do Gradil Petit Verdot 2012 Tinto
O "nosso" bacalhau, a lascar no ponto certo, com um toque limonado a transmitir frescura, e mais uma vez o mar e a sua maresia. Um ponto consistente a todos os que foram servidos

A ligação do Quinta do Gradil Petit Verdot 2012 Tinto aos pratos esteve em planos diferentes. Enquanto que com o bacalhau esteve perfeita, com o pregado elevou-se um pouco acima deste. Quando com a caldeirada voltava para o mesmo patamar da ligação com o bacalhau.

SAKURA DE CEREJEIRA
A limpar o palato do peixe e a preparar a chegado do prato de carne. Crocante de amendoim delicioso numa harmonização perfeita com o gelado de cereja.

RAMEN DE BOCHECHA DE PORCO com Quinta do Gradil Reserva 2010 Branco
Aromas cativantes e deliciosos, uma bochecha de comer à colher e uma conjugação de sabores que aqui brilham em conjunto. O vinho mostrou aqui a sua versatilidade e o excelente momento que atravessa. Com acidez, vida e com todo o perfil mais complexo que se junta ao prato e resulta de forma fantástica.

COCO, ANANÁS e COENTROS
Que dizer de uma sobremesa que só com a sua imagem transmitia frescura, simplicidade e todo o sentido da Primavera? A ligação coco com ananás já se sabe que é uma receita vencedora, mas juntar-lhe coentros fez  com que toda a experiência fosse intensificada. Coentros e ananás; coentros e coco; deixem brilhar o coentro!

CONCEITO FOOD STORE
Morada: Rua Pequena Urbanização do Viso lote 1 loja A Bicesse 
             2645-486 Bicesse
Mail: conceito.foodstore@gmail.com
Telefone: 218 085 281

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Vinhos do Pico em Lisboa


Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha. Se não vamos à Ilha do Pico conhecer os vinhos produzidos nesta ilha do Arquipélago dos Açores, então os vinhos vêm até Lisboa dar-se a conhecer. Este foi, sem dúvida, o objectivo da apresentação dos vinhos do Pico em Lisboa, com jantar de degustação no 100 Maneiras Bistro a cargo do Chefe Ljubomir Stanisic, e promovido pela ACIP (Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico ) em parceria com a Escola de Formação Turismo e Hoteleira dos Açores.
Quantos de nós, portugueses, conhecemos o vinho produzido no Pico? Quantos de nós, portugueses, consumimos vinho produzido no Pico? E quantos de nós, portugueses, já bebemos vinho produzido no Pico? A resposta será muito poucos.
Esta foi para mim uma oportunidade única para não só conhecer melhor os vinhos, mas também a sua história; perceber a qualidade dos seus brancos e dos seus licorosos; conhecer o potencial gastronómico de uma região e a espantosa harmonia entre os vinhos e a mesa.

A apresentação começou com António Maçanita a conduzir os convidados por entre um misto entre Formação em Vinhos dos Açores e uma prova cega de vinhos dos Açores em comparação com os mais conhecidos Vinho Verde, Xerez e Madeira. O resultado foi surpreendente, as aproximações mais que muitas e as dúvidas foram-nos assaltando à medida que a prova avançava. Como leigo no vinhos desta região limitei-me a absorver o máximo de conhecimento possível e também a ficar surpreendido com o nível de qualidade dos vinhos dos Açores apresentados.

Seguiu-se depois o jantar de degustação, no qual o Chefe Ljubomir Stanisic fazendo jus aos produtos dos Açores, confeccionou uma ementa num perfeito equilíbrio e ligação com vinhos do Pico. 

Um Clássico Contemporâneo! com 
CURRAL ATLÂNTIS 2005 LICOROSO | VERDELHO, ARINTO DOS AÇORES
O prato consistia num foie gras fresco salteado com ananás confitado e creme de tomate inglês onde a ligação entre a acidez do ananás e do tomate ligavam na perfeição com a gordura do foie gras. O vinho, de cor âmbar definido e aromas delicados a maresia ligava ao prato pelo seu perfil seco e com alguma doçura de boca. Funcionou como um colheita tardia e não se sentiu cá a sua falta.

Pureza do Mar com
INSULA PRIVATE SELECTION 2013 BRANCO | ARINTO DOS AÇORES
Ostras e Cracas dos Açores com kiwi e espuma do mar a mostrar uma frescura e uma sensação a mar estupenda. A ligação vínica esteve à altura. De cor citrina, aromas finos, com muita frescura e mineralidade e uma boca com muita maça verde, lima e marmelo a tornar todo este prato uma verdadeira experiência de mar.

São poucos os que se dão com espargos... com
CURRAL ATLÂNTIS 2013 BRANCO | VERDELHO, ARINTO DOS AÇORES
Um viciante risoto de espargos com salada do mesmo, salmonete e maracujá em ligação com um branco de cor amarelo citrino, aromas com notas a maracujá, toque salino e mineral e na boca a soltar toda a sua acidez e secura para uma ligação perfeita ao espargo e ao toque mais untuoso do risoto. Perfeito!

Bairrada à moda do Pico com
FREI GIGANTE 2012 BRANCO | ARINTO DOS AÇORES, VERDELHO
Crocante leitão enrolado em linguiça e acompanhado com inhame cozinhado de várias formas tendo como companhia um branco de cor citrina e brilhante, com aromas intensos, maracujá, algum vegetal e herbáceo e notas mineral, salinas e com frescura. Na boca um citrino acutilante, seco e ligar com as propriedade mais gordas do leitão e da linguiça.

From Russia With Love com
CZAR 2008 LICOROSO | VERDELHO, ARINTO DOS AÇORES, TERRANTEZ DO PICO
Brilhou aqui a tarte de bolo de véspera com queijo do Pico, fruta, Neveda e compota de tabaco numa ligação com o licoroso que arrebatou quem esteve presente. Cor âmbar intensa e definida. Aromas frescos, com fruta seca e fruta passa, nozes, uva passa, alperce e figo seco, um conjunto complexo e desafiante. Na boca, não tendo aguardente vinica adicionada, surpreende pela estrutura, pelo seu equilíbrio e pela cremosidade que apresenta. Que pena existirem poucas garrafas.

Mais fotografias aqui.




terça-feira, 20 de maio de 2014

Herdade do Esporão Verdelho 2013 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Verdelho
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 13,5%
Produtor: Esporão, SA
Preço: 8€ vap

Nota de Prova
A aposta neste monocasta tem mostrado um vinho que aparece todos os anos com um grau de qualidade elevado. Por entre a sua cor citrina, com leves nuances de bonitos esverdeados, o que mais sobressai e mais me cativa é o seu perfil citrino, fresco, com aromas equilibrados entre um perfume adocicado da lima e um rasgar da toranja, com notas minerais subtis e elegantes. Já na boca, gosto de continuarmos com o mesmo perfil frutado, citrino, acidez vibrante e a sua frescura num final de boca longo que nos leva até ao Verão.

Classificação: 88/100

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Tons de Duorum 2013 Branco

Características
Tipo: Vinho Branco
Castas: Viosinho, Rabigato, Verdelho, Arinto e Moscatel
Região: Douro
Teor Alcoólico: 12%
Produtor: Duorum Vinhos, SA
Preço: 3,99€ vap

Nota de Prova
Começa a ser um hábito encontrar ano após ano este branco nas prateleiras dos nossos super e hipermercados. Acessível a nível de custo, imagem conseguida e mantida em cada colheita e sempre de encontro àquilo que o consumidor procura nesta faixa de preço. Uma relação Preço-Qualidade alta num vinho que já tem o seu espaço à mesa do consumidor. Visualmente de cor citrina, aspecto jovem. Aromas onde predominam as notas tropicais e citrinas, num conjunto fresco e fácil de gostar. Na boca destaco o perfil sumarento e fresco do mesmo sempre plano equilibrado e com alguma flexibilidade quantos às opções gastronómicas de cada um..

Classificação: 86/100

quarta-feira, 14 de maio de 2014

ManzWine | "Não quero fazer muito vinho. Quero é fazer bom vinho!"

Corria o ano de 2004 quando a familia Manz se mudou  para a pacata vila de Cheleiros, perto de Sintra, mas já concelho de Mafra e a caminho de Terras do Oeste. Apesar das dificuldades iniciais que normalmente ocorrem quando alguém de fora se instala numa vila cheia de tradições e com alguma população envelhecida, André Manz rapidamente se apaixonou pelas suas gentes e pelo local, descobrindo o importante passado vitivinícola da vila e daí fazendo nascer o projecto/missão da Biomanz - recuperar a actividade vitivinícola de Cheleiros. 

Comprou uma pequena vinha com a casta Jampal, pouco utilizada no mundo dos vinhos devido à sua baixa produção e até um pouco desconhecida para muitos. Apesar dos conselhos para substituí-la, André Manz respondeu "Mas eu não quero fazer muito vinho. Quero é fazer bom vinho!".

O resultado foi um vinho branco surpreendente que causou sensação entre todos os que o provavam e que deu força para a continuação da sua produção e para a exploração de outras castas portuguesas tintas mais antigas, assim como, neste momento,  para a exploração de vinhas nas regiões nobres do Alto Douro e Palmela.

Hoje o projecto evolui, cresceu em volume e em importância para Cheleiros. A Manz Wine recuperou uma parte da história do vinho na região e a sua loja é também um Museu onde o vinho, a agricultura e a gentes desta região é honrada de forma fabulosa.  

Quem passa por Cheleiros rumo a Mafra e atravessa a Ponte sob o Rio Lisandro não se aperceberá da riqueza que o local tem em termos de história e na produção de vinho. Vale a pena uma visita mais atenta e demorada, com uma paragem pela loja da Manz Wine com direito a conhecer também um vinho feito com uma casta neste momento única em Portugal. 

MANZ DONA FÁTIMA 2012 BRANCO | LISBOA | PVP 14,5€
JAMPAL
Cor citrina, limpo,  brilhante. Aromas citrinos, com notas a fruta de caroço e alguma banana, toque mineral, notas tostadas leves, quase imperceptível num conjunto fresco. Boca com estrutura, volumoso, secura de boca palpitante,  citrino, mineral. Longo de boca. Ligeiro travo final a pêssego e alperce ainda meio verde.
16,5

MANZ CHELEIROS 2011 TINTO | LISBOA | PVP 12,5€
TOURIGA NACIONAL, ARAGONEZ, CASTELÃO
Cor rubi intenso, cativante e de aspecto limpo. Aromas directos a fruta vermelha madura, notas especiadas,  tostado leve e sensação de frescura.  Boca cheia, bom corpo, untuosidade leve, enche a boca, taninos presentes macios, com notas especiadas a jogarem bem com fruta sumarenta. Persistente e gastronómico.
15,5
MANZ CONTADOR DE ESTÓRIAS 2009 TINTO | PENÍNSULA DE SETÚBAL | PVP 12,5€
TOURIGA NACIONAL, SYRAH, PETIT VERDOT
Cor granada, intenso e concentrado. No nariz a intensidade da fruta vermelha e preta, notas de especiarias, algum couro e terra com final fresco. Na boca surge pujante de força,  gordo e volumoso, com muita fruta, e com equilíbrio, elegância e persistência final.
16,5
 
MANZ DOURO 2009 TINTO | DOURO | PVP  16,5€
TOURIGA NACIONAL, TINTA RORIZ
Cor rubi intenso e concentrado, com violetas escuros e bem definidos.No nariz não esconde a região que representa.  Fruta vermelha madura, alguma compota, notas florais e algum perfume do monte. Boca com taninos prontos, macios,  muita fruta vermelha madura, alguma amora silvestre, num conjunto bem ligado e com final persistente. 
16

MANZ PLATÓNICO 2012 TINTO | MESA | PVP 7,5€
TOURIGA NACIONAL, CASTELÃO, ARAGONEZ
Um blend não só de castas mas de terroir e região. Douro, Lisboa e Península de Setúbal encontram-se neste Platónico e o resultado é muito interessante.
Cor rubi, aspecto novo e limpo. Aromas frutados intensos, com fruta vermelha e preta, toque floral, fácil de gostar e directo. Na boca surge com taninos feitos, pronto a beber e a desfrutar, com perfil sumarento e com final de boca longo e fresco.  
15,5

MANZ PENEDO DO LEXIM 2013 TINTO | LISBOA | PVP 6€
TOURIGA NACIONAL, ARAGONEZ
A mais recente novidade deste produtor apresenta cor rubi, violetas reveladores da sua juventude e aspecto limpo. No nariz a  fruta vermelha marca bem a sua presença, leve traço vegetal, toque mineral, fresco e directo. Boca com boa acidez, corpo, sente-se já alguma estrutura, vegetal num final e boca fresco e persistente. Boa relação qualidade-preco.
15,5
ver mais fotos aqui 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Quinta da Falorca Garrafeira 2004 Vinhas Velhas Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz
Região: Dão
Teor Alcoólico: 14,5%
Produtor: QVE - Sociedade Agrícola de Silgeiros, SA
Preço: 37€ vap

Nota de Prova
Este é um vinho de 2004, habitualmente referenciado com vinho velho, mas que está novo e pujante de vida como alguns de anos recentes não conseguem estar. Arrisco-me a dizer que ainda não será o melhor momento para ir buscar tudo quanto tem para dar. E olhem que tem muito e bom. Sem dúvida um companheiro de excelência à mesa, com gastronomia da região onde nasceu e que consegue facilmente passar do prato principal a uma sobremesa de queijo serrano ou mesmo um doce à base de chocolate. Cor de um rubi denso, retinto, opaco e fechado. Parece novo. Aromas com muita fruta preta bem madura, compota, alguma sugestão adocicada, florais bem colocados, notas de cacau e especiarias em perfeito equilíbrio. Complexo. Na boca surge vivaz, encorpado, com taninos seguros, bem presentes e com acidez no ponto. Conjunto muito equilibrado, com a fruta ainda sumarenta e com grande profundidade final. Falamos daqui a mais 5 anos.

Classificação: 93/100

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lima Mayer 2 Tintos 2009 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Petit Verdot e Alicante Bouschet
Região: Alentejo
Teor Alcoólico: 14,5%
Produtor: Lima Mayer & Companhia
Preço: 36€ vap

Nota de Prova
Quando bebo um vinho como este fico sempre com uma sensação agridoce na alma. Por um lado adoro quando um vinho alentejano e com 14,5% álcool se porta com tanta frescura como este e se junta à refeição de forma exemplar, por outro lado fico um pouco aborrecido por perceber que apesar de datar de 2009 se tratava de um vinho ainda novo e com anos pela frente. Apresenta uma cor retinta, fechada e opaca. No nariz aroma a fruta vermelha e preta em compota, carrega toda aquela marca Alentejo consigo, mas envolvida numa frescura que não o deixa cair e amolecer durante a refeição. Na boca mostra-se gordo, portentoso, macio e apelativo. A fruta surge cheia de frescura e sumo numa grande ligação com notas especiadas e algum cacau. O perfil fresco continua a marcar presença num final de boca extenso e com elegância.

Classificação: 90/100

quinta-feira, 8 de maio de 2014

CP Domingos Soares Franco Moscatel Roxo 2013 Rosé

Características
Tipo: Vinho Rosé
Castas: Moscatel Roxo
Região: Península de Setúbal
Teor Alcoólico: 12,5%
Produtor: José Maria da Fonseca Vinhos, SA
Preço: 9,90€ vap

Nota de Prova
Este é mais um vinho que demonstra muito bem o que se vai encontrar nesta gama Colecção Privada Domingos Soares Franco. Diferença e qualidade. Um rosé de cor salmonada, muito claro, quase translúcido e cativante. No nariz, exuberante, reina um perfumado jardim de flores, flor de laranjeira, flores brancas, Jasmim e também a fruta com morangos maduros. Na boca surpreende pela leveza, elegância e a cremosidade. Acidez no ponto em conjugação com a fruta fresca. Boa persistência final. Um rosé a falar no feminino.

Classificação: 88/100

quarta-feira, 7 de maio de 2014

António Saramago Escolha 2003 Tinto

Características
Tipo: Vinho Tinto
Castas: Castelão
Região: Palmela
Teor Alcoólico: 14%
Produtor: António Saramago Vinho, Lda
Preço: 15,00€ vap

Nota de Prova
António Saramago, um dos maiores enólogos de Portugal, dá vida e nome a este monocasta Castelão que é um honroso representante desta casta da região de Palmela. Um vinho com mais de 10 anos e que continua jovem e pronto a juntar à mesa. Na cor ainda não se nota muito a sua idade, pouca perca de intensidade e concentração e as matizes que denunciam as rugas do vinho ainda não são muito visíveis. No nariz ainda é a fruta vermelha e preta madura que marca o conjunto. Perfil onde a cereja madurona aparece em conjunto com boa presença do estágio em madeira, com boa tosta, balsâmicos leves eleves traços de aromas terciários. no palato está no ponto. Mais macio agora que a idade passou por ele , mas com vida, robustez e equilíbrio de todas as partes. Um final de boca persistente e guloso mantêm-nos preso até à última gota..

Classificação: 90/100