CLASSIFICAÇÕES

O sistema adoptado para a pontuação dos vinhos provados é a escala de 0-20 pontos. Apesar de durante algum tempo ter utilizado uma escalada de 50-100, com o passar do tempo cheguei à conclusão que a mais adequada para Portugal seria a de 0-20. Apesar de tudo, a pontuação de cada vinho é apenas um complemento à nota de prova produzida sendo que continuo a privilegiar como mais importante as notas de provas que escrevo acerca de cada um.

< 10 ............ Não Satisfaz. Desequilibrado, com Defeito e a riscar da lista. 
10 - 12,5 .... Satisfaz. Cumpre. Sem defeitos e sem rasgos de diferença. 
13 - 14 ....... Médio. Honesto, Despreocupado, Simples e Correcto.
14,5 - 15,5 . Bom. Sério e sólido e Bem feito. Brilha e dá prazer.
16 - 17 ....... Muito Bom. Um patamar de distinção superior.
17,5 - 18,5 . Excelente. Extraordinário. Não se esquecerá facilmente.
19 - 20 ....... Inesquecível. Imortal. Dos melhores alguma vez provados.

As minhas pontuações, como Blogger e Enófilo, reflectem um olhar critico independente, sem olhar a preços, nomes de produtores, regiões ou locais de compra. Embora efectue as chamadas provas cegas em grupo, estas funcionam muitas vezes para momentos específicos e com objectivos definidos para as mesmas, não sendo por isso a grande maioria das mesmas.
Normalmente prefiro efectuar as provas na minha própria casa onde tenho o tempo, espaço e condições para uma prova que julgo merecer a minha maior atenção. Quer em termos de temperatura, luminosidade, copos, provar a solo ou com o pairing que julgo mais correcto. É aqui que me sinto melhor.

Apesar de poder prescindir da classificação por pontuação, penso que ao fazê-lo estou também a tentar utilizar uma linguagem mais universal, mais intuitiva e mais transversal do que apenas colocar a  descrição da nota de prova.

No entanto, como já referi, é importante que para além da simples pontuação seja dada a maior atenção e relevância à nota de prova. É lá que se encontra a alma do vinho, que se encontra a sua longevidade, as emoções que gerou e o momento que serviu. Nunca esquecendo que, como em tudo, o melhor será sempre fazer a viagem na primeira pessoa.

Carlos Janeiro 
Comer, Beber e Lazer